Quais foram os nomes que o Brasileirão teve até hoje?

Desde quando a CBF reconheceu os títulos nacionais da Taça Brasil e do Robertão, começou-se uma discussão se havia mérito por estas conquistas por não serem devidamente chamados de "Campeonato Brasileiro" ou por terem menos jogos que atualmente. No entanto, o Brasileirão já teve diversos nomes, com variadas fórmulas de disputa, seja de mata-mata, play-offs ou pontuação corrida.






O campeonato da Série A como conhecemos só passou a ser nomeado mesmo como "Campeonato Brasileiro" em 1989, depois da era "Copa União" que veio depois de um longo período em que o torneio era conhecido como "Copa Brasil". Mas não confunda com "Copa Brasil" com "Copa do Brasil", e nem pense que por conta do nome Copa era um torneio mata-mata, pois nessa época havia uma fase de pontos corridos.






TAÇA BRASIL: de 1959 até 1968; na época, os times do eixo Rio-São Paulo não se preocupavam com a necessidade de um torneio nacional, pela força de seus estaduais e pela dificuldade de se realizar confrontos com times de outras regiões do país; o torneio só surgiu por conta da Libertadores, e se não fosse a taça sul-americana, talvez demorassem até um pouco mais para se estabelecer um campeonato para todo o Brasil.






ROBERTÃO OU ROBERTO GOMES PEDROSA: de 1967 até 1970; foi nomeado assim em homenagem a Pedrosa, ex-cartola e goleiro da Seleção Brasileira na Copa de 1934, que já dava nome ao Torneio Rio-São Paulo; e além de "Robertão", havia também uma segunda nomenclatura conhecida como "Taça de Prata"; mas mesmo com a instituição do Campeonato Nacional, muitos ainda chamavam a competição de "Robertão" em 1971 e o apelido levou um certo tempo até cair em desuso.






CAMPEONATO NACIONAL: de 1971 até 1974; Campeonato Brasileiro? Não, Campeonato Nacional! Aparentemente não faz muita diferença, mas temos que levar em consideração para entender que a mudança de nomenclatura não foi a oficialização do nome "Campeonato Brasileiro", como muitos acreditam. Quanto à fórmula, mudou pouca coisa, comparado ao Robertão.

COPA BRASIL: de 1975 até 1986; com a politicagem e a entrada de times de todas as partes do Brasil, além da troca do quadrangular final pela disputa de semifinal e final, o nome era o mais adequado. Porém, a fórmula de disputa de 1975 foi muito mais um torneio de pontos corridos bagunçados, do que mata-mata; Até chegar na semifinal, foram três fases de pontos corridos e ainda uma repescagem (também por pontos); e houve também a era da Taça de Ouro, já que em 1980 criaram a Segundona com nome de Taça de Prata.

COPA UNIÃO: de 1987 até 1988; a partir da criação do Clube dos Treze, os grandes clubes brasileiros também criaram um campeonato próprio e assim resolveram nomeá-lo de "Copa União"; Só que, oficialmente, a Copa União virou o Módulo Verde para a CBF, que chegaria a um primeiro colocado que enfrentaria o vencedor do Módulo Amarelo, que acabou em toda aquela história da "taça das bolinhas", em que Flamengo e Sport até hoje não chegaram a um acordo.






CAMPEONATO BRASILEIRO: de 1989 até hoje, com interrupção no ano 2000; a criação da Copa do Brasil amenizou um pouco a colisão de interesses dos grandes clubes contra a politicagem da CBF, mas a fórmula de disputa ainda era um problema, assim como os primeiros rebaixamentos de grandes, como Grêmio e Fluminense; bem no final da era do mata-mata, foi aplicado um sistema de play-offs, igual da NBA ou da NFL, que durou até a bagunça do ano 2000, que falaremos a parte; e em 2003, foi finalmente empregado o sistema de pontos corridos, que embora não agrade a todos, pelo menos é uma ferramenta para combater tantas mudanças de fórmula, politicagem e tapetão.

COPA JOÃO HAVELANGE: apenas no ano 2000; não vamos entrar no mérito de clubismos, mas é fato que se tratou de uma manobra para trazer grandes clubes rebaixados de volta à Série A, mesclando times de todas as divisões em uma fase final, que também não acabou bem, depois da tragédia em São Januário na final entre Vasco e São Caetano.